TOC PERINATAL é uma condição bem mais comum do que se imagina! Enquanto o TOC atinge 2-3% da população, após o parto pode acometer até 9% das puérperas!
Minha experiência clínica tem sido crescente e condizente com a literatura. No TOC perinatal a mulher apresenta pensamentos repetitivos relacionados ao bebê, de agressividade: medo de afogá-lo, deixá-lo cair, jogá-lo pela janela, sufocá-lo, machucá-lo, o que chamamos de fobia de impulso. A mulher percebe o exagero, não se identifica com o pensamento, mas tem medo que aconteça. Algumas evitam ficar sozinhas com o filho, sentem-se inseguras e receosas, desenvolvem rituais (compulsões) para aliviar a ansiedade, guardam em segredo o sofrimento com medo de serem julgadas, temem não ser boas mães, retiram objetos perigosos de perto – guardam facas com medo de que possam vir a cortar o bebê. Ao relatarem, podem ser inadvertidamente consideradas perigosas para seu filho, recebendo recomendações de não ficarem sozinha com ele – o que reforça o sintoma e medos.
Mas o fato é que o TOC PERINATAL NÃO AUMENTA O RISCO DE AGRESSIVIDADE AO BEBÊ. São apenas pensamentos obsessivos, que NÃO IRÃO SE CONCRETIZAR! Imaginem o sofrimento das mães, que em sua maioria não recebem diagnóstico e tratamento adequado! Nestes casos o quadro pode se cronificar e apresentar comorbidades, sendo que depressão é a principal!
Você passou ou conhece alguém que tenha passado por isso? Marque aqui! Relate, tire suas dúvidas, vamos fazer um movimento de falar e alertar as mulheres e os profissionais de saúde.
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