Quando resolvemos nos aventurar na maternidade, não temos a dimensão das transformações que a mesma exigirá de nós. Portanto, eu super acredito que a maternidade não deve ser vivida por imposição cultural, ela é uma escolha e, quanto a isso, não tem barganha.
Escolha Versus Imposição: Redefinindo a Maternidade
A maternidade não é instintiva e nem deve ser levada até as mulheres como uma parte obrigatória da vida. Além de toda a desconstrução que ela nos implica, exigindo que nos reinventemos em nossa própria identidade, liberdade, prioridades e desejos, também tira do lugar a visão que tínhamos sobre nós mesmas.
Revivendo Dores Antigas: A Conexão entre Mãe e Filha
O que ninguém nos conta é que ser mãe nos traz dores antigas, aquelas de quando éramos apenas filhas. Ter filhos é reviver a nossa criança interior fortemente, tornar-se mãe coloca em cheque a nossa sensação de perda de controle, medos, desafios, falta de paciência, tolerância e mais, deixa claro nos nossos filhos os “defeitos” e até mesmo as “qualidades” que vemos em nós mesmas. E tudo isso em uma mistura de desespero e dor, porque o “instinto” que surge é o de tentarmos arrancar de nossos filhos a dor que não é deles, mas sim nossa. Mas de repente nos vemos presas naquela dor de novo, e ela (re)nasce, duplamente e desconstrói.
O Trabalho Interior: Autopercepção e Cura
A maternidade exige de nós o trabalho de autopercepção, compreensão, perdão e de mergulho nas nossas próprias histórias, olhar com vontade de amar quem somos e contar para a nossa criança interior que agora podemos cuidar dela.
Cuidando da Criança Interior: Amando e Curando a Si Mesmo
Temos aqui a capacidade de atravessar de novo sensações que gostaríamos de não ter vivido e a oportunidade de deixar que tudo se vá, na graça de ser quem eu sou e de curar a mim mesma.
Documentário com participação da psicóloga e fundadora do Grupo Sentir, Daniela Bittar, para o Jornal @otempo: Substantivo feminino – como a maternidade está presente na vida de todas as mulheres.