Quando eu falo para ninguém soltar a mão de ninguém, eu falo do fundo do coração.⠀

Essa mãe segura com tanto amor a mãozinha do terceiro filho que ela entrega aos céus, muito sofrida chegou até mim por meio do @grupo_colcha. Essa mãozinha é do terceirinho dessa mulher, que tem lutado para se manter erguida e cheia de fé.

Mulheres perdem filhos todos os dias e o que podemos fazer se não ajudar na travessia desse momento e na compreensão de cada fase que ela irá viver?! Podemos ajudá-la a não ter mais medo que fé, a acreditar nas possibilidades e nas superações, a caminhar quando não tiver mais força.⠀Acolher o luto nos traz o ímpeto de querer amenizar, estancar a ferida, conter o sofrimento. Queremos explicar o inexplicável! Fica mais fácil se compreendermos a vida pelo sopro, o próprio sopro divino que tomamos quando nascemos, o sopro da vida.

A mãe que está ali, tão “fundida” nessa relação visceral com o filho, se sente sem vida, faltando o ar literalmente. O ar não “chega”, não se aprofunda, não sacia, ele foi retirado dela, de certa forma, os sentimentos se assemelham com o morrer: na morte dos sonhos, desejos, propósitos, nas necessidades desse existir, que por algum momento se desconstrói, deixando o nada, para que tudo possa ser (um dia) construído de novo.

Essa família vai aprender a traçar um rumo ao inesperado e a aceitação. Eu me rendo diante da dor dessa mulher e de todas as outras, aprendendo o que realmente significa dar as mãos a alguém. Acolher significa deixar ser, deixar fluir inclusive os sentimentos considerados não bons, sem precisar puxar para frente, impor ritmo, ou fazer “passar”, mesmo porque, um filho nunca passa.

Não se apresse, tome o seu tempo, faça o que conseguir e seja muito gentil com você! Precisará do seu próprio abraço e também dos braços que puderem ajudá-la a caminhar, mesmo porque, ninguém está nessa vida para caminhar sozinho. Estamos aqui!

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