Por que nós, mulheres desta geração, que optamos pela maternidade nos sentimos exaustas?

Somos uma geração de mulheres cansadas, sobrecarregadas, multitarefadas, que tentam responder aos imperativos da nossa época: ser uma mãe presente e amorosa, uma profissional de sucesso, emancipada, independente, uma esposa dedicada, eternamente jovem e bonita.

Mobilizadas pela crença de que podemos fazer tudo ao mesmo tempo, assumimos responsabilidades em excesso, ao tentar conciliar uma agenda lotada de compromissos com as necessidades de uma criança que exige o mesmo tempo, dedicação, afeto e energia que os compromissos que assumimos no cotidiano.

Tentamos negar os limites que a maternidade coloca para a nossa vida, ignorando que os nossos desejos e necessidades nem sempre coincidem com a realidade que vivemos com a chegada de um filho, alguns projetos, sonhos e desejos terão que ser adiados, adaptados ou reformulados. O que não significa que estamos deixando nossos desejos e necessidades de lado, mas buscando formas mais equilibrada de realizá-los.

A maternidade não precisa ser um impedimento para o nosso crescimento e realização pessoal, no entanto, é importante encontrar um ponto de equilíbrio, ou do contrário corremos o risco de entrar em um quadro de esgotamento físico e emocional, que não só transforma o nosso cotidiano e até a maternidade em um fardo, mas também nos desconecta do nosso presente e do nosso propósito, do que de fato dá sentido à vida e traz felicidade.

Assumir o cansaço, reconhecer os nossos limites, reavaliar o nosso cotidiano, as tarefas e compromissos que assumimos e verificar as nossas prioridades podem ser o início da busca por formas mais equilibradas de viver, nem sempre fáceis de ser alcançadas.

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