O que estamos fazendo com nossas vidas? Estamos correndo atrás do rabo? É possível alimentar esse estilo de vida que nós mesmos nos impomos? Porque manter o padrão de vida que achamos que devemos ter nos retira das coisas mais importantes da vida.⠀Não paramos mais, tem muita coisa na nossa lista. O que achamos que nossos filhos precisam: escolas caras que proporcionem a possibilidade de “serem alguém na vida”, é importante que eles saibam inglês, tenham mil atividades…. E se perguntarmos a eles o que eles querem? Tenho certeza de que muitas pessoas responderiam: eles são crianças, eles não decidem nada! E mais uma vez não ouvimos as nossas crianças.
E nós? O que a gente precisa para viver? Carros novos, casas lindas, telefones de última geração, viagens caras… Estilo de vida meu caro! Ok, eu entendo, mesmo porque estou eu aqui também tentando manter meu próprio estilo de vida. Me questionando, claro! Eu sei que o mais importante é ter todo mundo bem, saudável, tranquilo, poder ver o céu e contemplar a vida. Viver sem pressa, ouvir os pássaros, cuidar de mim mesma e de todos que eu amo.
Dá para ser livre, dá para viver um dia de cada vez, dá para ter menos e ser mais? Dá para viver com menos? Onde foi que aprendemos que precisamos desse tanto para viver? Nossa geração se perdeu no consumo? Me faz pensar aonde queremos chegar e se esse lugar é tão importante assim! O que é mais importante na sua vida? Agora pare e pense se está sendo coerente?
Como diz Eliane Brum, “essa condição humana um corpo humano não aguenta. O corpo então virou um atrapalho, um apêndice incômodo, um não-dá-conta que adoece, fica ansioso, deprime, entra em pânico. E assim dopamos esse corpo falho que se contorce ao ser submetido a uma velocidade não humana. Viramos exaustos-e-correndo-e-dopados. Porque só dopados para continuar exaustos-e-correndo.”
O que estamos fazendo com nossas vidas? Proponho uma reflexão! Alguém mais se sente assim