O paradoxo da solidão materna.

woman carrying baby with pacifier in mouth

Solidão: Palavra estranha quando estamos 24/7 acompanhadas de um bebê…

Muitas mulheres relatam este sentimento no puerpério. E sabe de uma coisa? NINGUÉM vai ser capaz de te preencher. Nem o bebê. Nem sua parceria. Ou sua mãe. Sogra. Irmã. Talvez nem você mesmo…

A barriga está vazia. Os peitos cheios. O corpo… um corpo totalmente diferente, que você nunca habitou. Sem a exuberância da gravidez, murcho, mole, disforme…

Estar neste lugar assusta. Não nos reconhecemos como antes. Há um estranhamento de nós mesmas. E onde é que isso vai dar? O que voltará a ser? O que jamais será? 

Nos fusionamos emocionalmente com um estranho-íntimo, que no começo é mais estranho do que íntimo. Há uma certa regressão e, apesar de rodeada de pessoas, carência (afinal, sejamos honestas: os olhares de todos são para o bebê.

Um vazio. A tal solidão…

Na minha perspectiva, a solidão se dá pelo fato de que o mergulho da mulher que se torna mãe é inatingível por qualquer outra pessoa. Apenas e tão somente por ela mesma, ainda que representado por um enigma subjetivo. 

Um mergulho sem referenciais. Profundo. Intransferível. Intraduzível. Simplesmente solidão de si!

O nascer do filho é o morrer de uma mulher. Que levará tempo para se gestar e parir a si mesma. O tal puerpério também é luto…

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