Hoje quero compartilhar uma frase, que apareceu dentro do meu coração, e eu olhei para ela com muita gratidão por sentir uma verdade imensa e que tem me tocado desde então: “O seu buraco é a sua missão”.
Será que o fato de eu ser filha de pais separados, de pertencer a uma família que se quebrou, mexendo na minha estrutura familiar e no resto da minha vida, tem força para que eu seja uma psicóloga de família? Será que a minha querida amiga Mônica Nardy @monicanardy obstetra, mãe da Anja Cecília, abraçou a causa do luto gestacional e perinatal à toa? Uma paciente minha, muito adorada, que teve anorexia na adolescência é hoje nutricionista por ironia do destino?
Toda essa reflexão pode ser fruto da minha criativa imaginação (ou talvez não). Fato é que quando nós olhamos para os nossos buracos eles não nos engolem, mais sim se mostram, se revelam e dali surgem as possibilidades de nos conhecermos e não necessariamente repelirmos e repreendermos o que não é belo. Essa atitude faz com que sejamos capazes de nos amarmos por inteiro e verdadeiramente, incluindo os nossos buracos.
Você já parou para olhar para as dores da sua alma, já entendeu que olhar para elas significa também acolhê-las? Compreendeu que os buracos a gente não fecha, mas sim aprendemos a viver com eles e a considerá-los parte do que somos?! Os buracos representam as nossas histórias e, portanto, só podemos amá-los e nada mais.