A curva da vida atravessa a gente. Depois que temos filhos as cobranças aumentam e tentamos ajustar tudo, mas nem sempre conseguimos. Ora nos sentimos bem em todas as funções, ora um lixo, em uma ou outra função, ou em todas. Existem dias nos quais temos vontade de largar tudo e sair correndo. Tenho certeza que todas já sentiram isso. “Good days and bad days”. Está tudo certo, pois a vida não nos parece uma linha reta mesmo.
Tem circulado na internet um texto do Piangers sobre tempo de qualidade com os filhos, para a vida ao lado deles. Rebatendo o texto, li uma gama de mães que se sentem fora da curva neste mundo atual. Fácil se sentir fora da curva, né? E que curva será esta? Uma curva imposta pela sociedade virtual? Que olhamos para fora e tomamos como modelo? Quem realmente cobra isso? Será que somos nós mesmas? Fico pensando se não estamos construindo uma ponte entre nossa vida pessoal e o que achamos que esperam de nós. Estamos dispersas esperando aplausos? De quem?
Daí as duas realidades: de um lado estamos presentes e inteiras em tudo o que fazemos, inclusive com os filhos, o que não significa perfeição, mas nos responsabilizarmos por nossas atitudes. Do outro estamos tão impetuosamente exaustas, pela lida de cada dia, por estarmos em um mundo exigente, que parece que nunca chegaremos lá.
O ideal nem sempre é o real. O que você não pode é olhar para a vida dos outros e comparar. Aí você nunca terá liberdade. Eu penso sempre no caminho do meio. Quando não tenho as respostas, olho para ele, pois a resposta poderá estar próxima de lá. Fazer escolhas, abrir mão, cair, levantar, tentar de novo. Chorar se preciso for, amar, perdoar, confiar e ter gratidão! E começar tudo de novo todos os dias e quantas vezes for preciso.
Levante, sacode a poeira porque a vida é sua e não tem ninguém te olhando!