A psicóloga Daniela Bittar, especializada em luto materno, explica que o contato da mãe com o bebê e o acesso a fotos dele, são importantes para processar a perda.
Ela explica que, no Brasil, muitas pessoas e até médicos obstetras acham, por desconhecimento, que o melhor para amenizar a dor de uma mãe que perde o bebê ao nascer é limitar o contato dela com o filho que partiu.
“Muitas vezes recomendam que a mãe não veja o corpinho do bebê, fazem cesárea e dizem coisas como: você vai superar, já, já vem outro filho. Não pensa nisso.”
No choque, muitas mulheres não querem ver o corpo do neném ou seguem o conselho dos médicos, de não segurarem o bebê. Mas, depois, essa ausência de despedida dificulta o processo de elaboração do luto, diz a psicóloga.
“A grande maioria das mulheres que não tiveram contato com o filho se arrepende. Muitas entram num luto traumático, ficando estagnadas num loop, pensando em como era o rosto do bebê, querendo ‘desenterrar a criança’, pensando no que poderia ter dito para ela”, explica.
As fotos ajudam a mulher que, no choque da perda não quis ver o filho, a se despedir posteriormente, a reconhecer a existência daquele filho e iniciar o processo de luto, diz Bittar.
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