Doenças psicossomáticas: Conexão entre corpo e mente.

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Você já teve conhecimento das doenças psicossomáticas? Neste artigo, vamos explorar esse tema e fornecer informações essenciais sobre o que são, os diferentes tipos, os sintomas e os métodos de tratamento.

Antes de tudo, é crucial compreender que essas condições destacam a estreita relação entre o corpo e a mente. Isso ressalta a importância de abordarmos nossa saúde de maneira integral, considerando tanto os aspectos físicos quanto os emocionais.

Afinal, mente e corpo estão interconectados (e vice-versa). Portanto, vamos aprofundar nosso entendimento sobre como a mente influencia o corpo.

O que caracteriza as doenças psicossomáticas?

A expressão “psicossomático” deriva da combinação das palavras gregas “psique”, que se refere à alma, e “soma”, que significa corpo. Em outras palavras, são enfermidades que têm origem no âmbito da alma e do psicológico, mas que também geram consequências físicas no corpo.

Essas condições ocorrem quando há desequilíbrios no estado emocional, resultando em dores e problemas físicos. Estima-se que aproximadamente 5% da população global seja afetada por algum tipo de doença psicossomática, sendo as mulheres mais suscetíveis do que os homens.

Isso ressalta a interligação entre mente e corpo, formando um sistema único, inclusive no nível inconsciente. Após a publicação do DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição) em 2013, surgiu o termo Transtorno de Sintomas Somáticos (TSS).

Devido a preocupações em evitar rótulos prejudiciais aos pacientes, muitos profissionais de saúde preferem utilizar o termo TSS em vez de “somatização” ou “doença somática”. Isso reflete uma abordagem mais cuidadosa em relação à linguagem utilizada na área da saúde.

Como saber se eu tenho uma doença psicossomática?

Normalmente, a percepção inicial ocorre em relação aos sintomas físicos, sendo somente após uma investigação médica possível avaliar se há alguma causa de natureza psicológica. Nessas condições, a intensidade dos sintomas pode variar em resposta a situações de estresse e pressão emocional. Portanto, é crucial estar atento e praticar o autoconhecimento. Caso perceba que os sintomas físicos se agravam durante períodos de abalo emocional, é recomendável procurar ajuda.

Existem diversas escalas que podem auxiliar na identificação do Transtorno de Sintomas Somáticos, sendo a PHQ-15 (Questionário de Saúde do Paciente – 15 Itens) uma das mais reconhecidas devido às suas propriedades psicométricas bem estabelecidas, brevidade e disponibilidade em diversos idiomas. Com base na pontuação obtida na PHQ-15, é possível determinar se os sintomas somáticos são mínimos, leves, moderados ou altos.

O que causa as doenças psicossomáticas?

Não existe uma regra definitiva, mas os fatores psicológicos podem desempenhar um papel significativo no desenvolvimento de doenças psicossomáticas. Geralmente, mudanças marcantes em nossas vidas podem influenciar esse processo. Veja alguns exemplos:

  1. Problemas Profissionais: Excesso de trabalho ou falta dele, transições de carreira e questões no ambiente profissional podem afetar consideravelmente o equilíbrio psicológico.

  2. Traumas e Eventos Marcantes: Problemas familiares, perda de entes queridos e traumas na infância podem gerar ansiedade e desmotivação.

  3. Violência Psicológica: Abusos e conflitos em relacionamentos amorosos, bullying na escola e violência doméstica também podem contribuir para o desenvolvimento de doenças psicossomáticas.

  4. Ansiedade e Tristeza: Dificuldades no controle desses sentimentos, levando à busca pelo isolamento em vez de enfrentar o problema.

Além desses aspectos, é crucial observar o histórico familiar de transtornos psicossomáticos, ansiedade e depressão. Fatores sociais, como pressões no trabalho, problemas financeiros, desemprego, histórico judicial e processos legais, também devem ser considerados ao avaliar sintomas físicos. Em resumo, diversos fatores contribuem para o contexto em que os sintomas somáticos se manifestam.

Quais são os sintomas de uma doença psicossomática?

Os sintomas podem manifestar-se tanto no âmbito psicológico quanto no físico. Portanto, esteja atento aos principais sinais e busque auxílio quando necessário:

Sintomas Psicológicos:

  • Estresse;
  • Ansiedade;
  • Impaciência;
  • Dificuldades de concentração;
  • Sensação de fadiga ou baixa energia;
  • Dificuldades para dormir.

Sintomas Físicos:

  • Taquicardia;
  • Dores de cabeça, nas costas, braços, pernas ou articulações;
  • Baixa imunidade;
  • Queda de cabelo;
  • Insônia;
  • Tensão muscular;
  • Problemas estomacais;
  • Falta de ar;
  • Tonturas.

Como evitar doenças psicossomáticas?

Existem orientações para proteger sua saúde emocional e evitar doenças psicossomáticas. Confira algumas dicas:

  1. Pratique o Autoconhecimento: Identifique suas fraquezas e pontos fortes para melhor gerenciar seus sentimentos.

  2. Desenvolva a Inteligência Emocional: Aprimore sua capacidade de lidar com situações desafiadoras para não deixar contratempos simples afetarem seu dia.

  3. Construa sua Personalidade: Supere traumas do passado e compreenda que é possível evoluir. A terapia pode ser um recurso valioso nesse processo.

  4. Atente-se às Causas dos Sintomas: Esteja consciente de que sintomas físicos podem refletir questões não expressas emocionalmente.

  5. Priorize o Autocuidado: Lembre-se de dedicar atenção e cuidado a si mesmo, não apenas aos outros.

  6. Pratique o Perdão: Liberte-se de rancor e mágoa, pois carregar esses sentimentos prejudica sua saúde.

  7. Busque Ajuda Profissional: Consultar um psicólogo ou psiquiatra não é sinal de fraqueza, mas de força. Às vezes, é necessário apoio especializado para encontrar respostas.

  8. Controle a Respiração: A prática de controlar a respiração é útil na prevenção de doenças somáticas.

Tratamento:

O tratamento das doenças psicossomáticas geralmente envolve uma abordagem holística que abrange tanto os aspectos físicos quanto os emocionais. Algumas estratégias incluem:

  1. Psicoterapia: Terapia cognitivo-comportamental (TCC) e outras formas de aconselhamento podem ajudar a abordar os fatores emocionais subjacentes.

  2. Medicação: Em alguns casos, medicamentos podem ser prescritos para controlar sintomas físicos ou distúrbios emocionais.

  3. Gerenciamento do Estresse: Técnicas de relaxamento, meditação, e práticas como o yoga podem ser úteis para reduzir o estresse.

  4. Suporte Social: Ter uma rede de apoio pode ser fundamental no tratamento de doenças psicossomáticas.

  5. Educação: Compreender a ligação entre a mente e o corpo pode ser parte integrante do tratamento.

  6. Atividade Física: Exercícios regulares podem ajudar a aliviar o estresse e melhorar o bem-estar geral.

Lembre-se, a terapia desempenha um papel crucial na transformação da saúde física e mental, contribuindo para uma vida mais saudável e equilibrada.

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