A interação da mãe deprimida com o bebê tende a ser insegura, ansiosa, excessiva ou “evitativa”, transmitindo ao bebê a percepção de tensão e não de segurança e tranquilidade. A mãe tende a olhar menos para o bebê, falar menos com ele, a tocá-lo menos e sorrir menos… Esta postura, que não necessariamente chega ao ponto de rejeição, afeta o comportamento do bebê.
Os bebês de mães deprimidas costumam chorar mais, serem mais tensos ou irritados, sorrir menos, ter mais dificuldade de dormir ou de se alimentar. Este ciclo gera para a mãe a sensação de não ser eficiente para apaziguar o filho. Assim, ela tende a ficar mais tensa, desgastada e insatisfeita com o desempenho da maternidade – o que reverbera no bebê.
É muito comum que com a melhora clínica da mãe o comportamento do bebê também melhore consideravelmente! Quando esta interação é prolongada, pode prejudicar o desenvolvimento saudável do bebê e trazer problemas de comportamento e doenças psiquiátricas no futuro. Estes são ótimos motivos para a mãe deprimida procurar tratamento! A qualidade da experiência da maternidade muda de maneira muito positiva e faz bem para todo mundo da família!
Infelizmente, depois de passado o furacão é que muitas mães passam a ter clareza disso, percebendo a nítida diferença na qualidade da relação com o bebê, pois enquanto se vive com sintomas de depressão ela pode não perceber este impacto!