“Alguém só pode dar porque antes recebeu. Ao dar a vida aos filhos, nada se acrescenta ou se exclui, já que os filhos não somente ‘têm’ seus pais, eles são os seus pais” (BERT HELLINGER, 2006).
Muitos de nós tivemos uma educação fundamentada em valores dúbios, crenças limitantes, culturas rígidas e autoritárias, modelos religiosos intolerantes. Quando nos tornamos pais, revisitamos essa infância pelo espelhamento com nossos filhos. Algo de nós que projetamos neles são como alavancas para lembranças inoportunas e sentimentos desconfortáveis. Revisitamos lugares de dor, reconstruímos memórias e ressignificamos afetos.
Se aprofundarmos na autoconexão, aprenderemos mais sobre nossos valores e prioridades. Teremos capacidade de fazermos melhores escolhas conscientes e discernir as necessidades reais das ilusórias. Assim, libertamo-nos das acusações que temos feito sobre nossos pais e de tentarmos ensiná-los. Exercitando a nossa capacidade de lhes perdoar e aceitá-los, independentemente das suas escolhas.
Livramo-nos das culpas à medida que compreendemos as relações com o passado e revemos respeitosamente as histórias de nossas famílias. Desatando “nós” antigos para que nossos filhos sejam livres de viverem histórias que não sejam as deles. Com consciência para se tornarem indivíduos verdadeiramente livres. Concentramos nossas forças em fazermos e sermos melhores para nossos filhos.
Portanto, convido-o para construir uma imagem positiva sobre si mesmo, por intermédio da sua parentalidade. Com confiança necessária para que, pelos cuidados com seus filhos, você compreenda a complexidade que envolve essa construção e se lance na cura da sua criança interior. Seja o adulto que você gostaria de ter ao seu lado quando era uma criança.