Burnout Materno é uma condição descrita desde as décadas de 70/80. A mãe sente um esgotamento emocional intenso, com um distanciamento afetivo do filho e sensação de fracasso e insatisfação com seu desempenho da maternagem. Mães com características perfeccionistas e centralizadoras estão mais sujeitas ao quadro. Muitas, sem perceber, tomam a dianteira de todos os cuidados e decisões necessárias, afastando o pai e outros membros da rede de apoio destas funções. Necessidade de controle e rigidez com hábitos e rotinas, querendo que tudo seja feito à sua maneira e refazendo as tarefas quando isso não ocorre. Foco na prevenção de eventuais “erros” que possam cometer, foco no sofrimento da situação. Auto-responsabilidade excessiva com relação ao futuro da criança, necessidade desequilibrada de fazê-la sempre se sentir segura, e superinvestimento nos cuidados com ela, renunciando às próprias necessidades e indo além dos limites pessoais.
Começam a sentir esgotamento, fadiga, irritabilidade, tarefas que antes eram importantes passam a perder sentido, paradoxalmente perdem o controle, se tornam insensíveis, irritadas, agridem verbalmente o filho, gritam, sentem como se não fossem si mesmo. Vergonha, culpa e dificuldade de pedir ajuda… Panorama comum em MUITAS mães (até 20% em alguns estudos) e muito influenciado pelas pressões sociais pela maternidade perfeita. Quem se identifica, reveja os hábitos e o estilo de vida, busque suporte social e ajuda profissional, se necessário. Alguns casos precisam ser medicados.
