Tenho recebido perguntas e questionamentos de muitas pessoas sobre o que anda acontecendo com seus filhos no mundo atual e, portanto, precisamos falar sobre isso.
O que mais adoece um ser humano em qualquer idade? A desconexão consigo mesmo, com as pessoas ao seu redor e com o mundo. Quanto mais eu me aprisiono em minha própria bolha, mais eu me desconecto de tudo. Quanto mais eu me fecho, mais eu me distancio, fazendo com que eu fique alheio e extremamente misturado às minhas dores, medos e angústias.
Você que está lendo esse texto agora, se assemelha? Percebe alguém assim ao seu redor?
Sabemos que essa geração nasce digital e que crianças e adolescentes têm passado mais da metade do dia ligados no virtual. E o que mais tem promovido o adoecimento ultimamente são os aparelhos eletrônicos. E eu tenho uma péssima notícia: isso DEPRIME, ADOECE! As crianças e adolescentes não conhecem os limites, por isso precisam dos adultos para traçarem com eles esses parâmetros. Não podemos educá-los no imediatismo. Se você está preocupado com seu filho, não sabe o que fazer e percebe que ele não tem limite para o uso do celular, eu sei que será difícil, mas não tem outra opção a não ser delimitar esse vínculo com os eletrônicos; pois ele precisa da sua ajuda! Ele mesmo não sabe reconhecer o adoecimento.
Leiam um trecho de uma matéria que saiu na revista Claudia:
“O mecanismo cerebral acionado é a liberação de dopamina, o mesmo que leva à dependência de drogas”, alerta a pediatra Evelyn Eisenstein, do Departamento Científico da Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria. “Um estudo mostrou que, jogando por dez minutos, o adolescente produz tanta dopamina quanto quem cheira cocaína.”