A maioria dos casais enfrentam dificuldades após o nascimento dos filhos. De forma muito frequente, as mulheres anseiam pela companhia do parceiro nos cuidados consigo e com o bebê, os homens, por sua vez, sentem falta de suas “antigas” esposas, e se exasperam com a necessidade de prover a família. Assim, as expectativas socioculturais somadas às dificuldades na comunicação tensionam a relação homem e mulher, que ainda precisa ceder espaço para o bebê. O resultado muitas vezes é a desconexão.
Além disso, a colaboração é substituída pela competição. Quem está mais cansado, sobrecarregado, decepcionado… Uma disputa por ser ouvido e compreendido que, de tão barulhenta, parece incompreensível. Diálogo se transforma em troca de tiros, no lugar das palavras. Haja terapia de casal para mediar o conflito e se abrir para entender a vulnerabilidade do outro, para além da sua própria.
É preciso lembrar que antes de serem pais, os dois eram um casal. Há que se fazer um resgate daquele namorado ou namorada com quem se sonhou dividir uma vida. Essa vida que você vive hoje, mas esvaziada de fantasia.
Quem já viveu tempo suficiente sabe que a pessoa amada sofre transformações. O “sim” não foi para a pessoa com quem saiu de mãos dadas do altar. O “sim” foi pela disposição em resgatar sempre o alvo do seu amor, ainda que na memória, nos dias mais difíceis.
“Onde não for possível amar, não te demores”, Frida deu o recado. Mas lembre-se que pessoas estão em movimento, às vezes erráticos. Que onde ainda for possível o amor, haja pelo menos um em busca do outro, pois é humano se perder. E que os dois estejam sempre abertos à magia do (re)encontro.
Um feliz dia dos namorados para quem luta pelo amor, e que você possa também descansar nele. Para quem está solteiro(a), aproveite para investir num relacionamento profundo consigo mesmo!